Os moradores estão enfrentando sérios problemas com a qualidade da água fornecida pela empresa Verde Alagoas. Relatos indicam que a salinidade da água está tão elevada que até mesmo o sabão não espuma durante o uso, evidenciando o alto teor de sais dissolvidos. A situação é agravada pela coloração turva do líquido que sai das torneiras, gerando medo na população de possíveis doenças. Um morador local desabafou: “A taxa da água que era R$ 37,00 agora é R$ 70,00, e ninguém tem água de qualidade.”

Especialistas alertam que o consumo de água salobra, que possui uma concentração de sais dissolvidos entre 1.000 e 10.000 partes por milhão (ppm), pode trazer riscos significativos à saúde, incluindo problemas renais e digestivos. Apesar dessas preocupações, a Verde Alagoas continua a cobrar valores considerados absurdos, muitas vezes baseados em estimativas, sem fornecer água de qualidade. Até o momento, nenhuma autoridade em Maragogi conseguiu conter os abusos da empresa, que vem operando de forma irresponsável desde sua implantação. “O dinheiro da venda, 447 milhões, ninguém sabe para onde foi”, comentou outro morador.

Em resposta à crescente insatisfação, algumas ações judiciais começaram a surtir efeito. Recentemente, uma moradora foi indenizada em R$ 3.000,00 após denunciar a empresa. Além disso, a Verde Alagoas iniciou a distribuição de água para a população da Rua da Cerâmica, em Barra Grande, após intervenções da Defensoria Pública de Maragogi. A defensoria tem sido um ponto de apoio para os moradores, ouvindo novas denúncias sobre falta d’água, contas superfaturadas, cortes ilegais e invasão de propriedades. A luta contra os abusos da Verde Alagoas continua, com a população determinada a buscar justiça e melhorias na qualidade do serviço.